Uma raiva imensa no peito.
Do mundo ou talvez de mim, já não sei precisar. Deixei-me disso.
São detalhes que ficam, mágoas que não se esquecem. Ou simplesmente uma fúria agreste do que não posso controlar.
Fico acordada olhando os sonhos de longe. Hão-de vir a seu tempo nas asas de um dormir que tarda.
Deambulo nos lençóis que me prendem os movimentos rebeldes, mas eu sou mais forte. Prendem-me até me fazerem suster a respiração numa realidade embevecida de verdade que passa e deixa um vazio que na solidão da noite é sempre mais doloroso.
É um dia que passa. Mais um. Bate levemente na cadência de existir com a escuridão do espaço.
Confusão de sentir. Amanhã acordo, não vale a pena resistir às marés enérgicas que nos sutentam o ser.
Na vida há o ir e não voltar. Eu escolho o voltar.
Sempre.