
O HF disse-me que muitas vezes confundimos momentos com pessoas. Talvez ele esteja certo.
Há sempre mais que isso naquela espécie de tendência cega de associar cheiros ou sons ou sabores ou imagens a tudo o que é real e palpável como nós Homens. É quase que inerente fazer a ligação. Parece que quando voltamos sozinhos àquele pôr-do-sol ele não tem o mesmo sentido porque agora não está quem o partilhou connosco da primeira vez, mas ele faz.
É o que sentimos que faz as acções cravarem a ferro quente o momento na memória, o sol é apenas um pormenor adicional tal como qualquer corpo que ali tenha partilhado a dois uma sensação. Onde quer que se esteja sentir é o momento.
Amamos, odiamos, queremos ou repelimos o que nos causa sentimentos, os momentos são apenas um espaço temporal que se guarda nas gavetas da vida para sentir de novo sempre que quisermos.