Estamos tão ofuscados pela sensação que está ali que nunca nos passa pela cabeça perder. Seja para quem seja ou para o que for.
Não acreditamos poder perder o que ignoramos de forma quase mecânica por já nos ser tão intrínseco. Tomamos os outros como apêndices que nos saem da pele e que vamos alimentando com carências e monólogos retóricos.
Mas um dia eles cansam-se, rasgam e partem. E ficamos nós, aqui, confusos e a tentar juntar os cacos que restaram.
Porque a perda é assim, um repente que nos atinge no ponto que julgávamos mais forte e nos trai aquilo que pensávamos ser.
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