A esperança sabe ser um bichinho penoso. Fica assim alojada no coração como se os sonhos estivessem à distância de um esticar de dedos.
Exala um perfume inebriante donde só há pó e terra seca e faz gritar da garganta muda um pedido urgente de afecto puro, sem misturas e tumultos. Sabe-se que a vida é terreno fértil pronto a semear mas por algum motivo oculto continua apenas a dar azo a ervas daninhas.
Cedo se vai e se foi a nostalgia do choro que não vem mais, deixou-se adormecer no vale das tristezas onde corre o rio da saudade. Não vai mais fugir, não vai mais gritar e não vai mais ceder à mágoa. A vida continua alucinante de um amor que é meu, teu e do mundo inteiro.
Só quer ser feliz na rebeldia de um mundo que é só seu, onde só entra quem deixa e não fica quem não deseja...