Gosto de máquinas de escrever.
Nunca tive nenhuma e poucas são as memórias de me autorizarem a mexer na única com a qual tive contacto por alguns minutos. "Não podes mexer!!", diziam quando tentava apanhar alguém distraido para me apoderar daquela coisa.
Acho que sempre foram todos aqueles botões e o som inconfundivel e o ter de empurrar quando a linha chegava ao fim. Era tudo.
Lembro-me também do cheiro a corrector, que saia da ponta do pincel sempre pronto a actuar quando a letra era a errada. Ali tal como na vida havia sempre uma solução à distancia de um sopro para tudo ser mais rápido.