“Que a errar, seja por agir e não por ceder ao receio. Que seja por arriscar voar e não por esperar que o vento mude.”

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Quarta-feira, 28 de Abril de 2010

327/365 / Marion Clendenen

A compreensão não passa de uma miragem que se alimenta de suposições.

Procurar alcançá-la é como correr sem nunca sair do sitio, quando julgamos estar finalmente a perceber, tudo nos foge qual água por entre os dedos.

Meros comportamentos e pensares em estado de gente que me ultrapassam o entendimento. Mas contra tudo e todos eu quero entender. Não me interessa que sejam um desperdício de vitalidade que me consome aos poucos o tempo dos meus dias, semanas ou meses a fio.  

Eu preciso entender o que não me dão margem para perceber.

No fundo as pessoas são apenas seres demasiado complexos.

Não sabemos funcionar numa linearidade de reacções e sentimentos, em vez disso vamo-nos moldando aos outros e fechando em nós qualquer tudo que for nosso. Andamos aos empurrões na procura do caminho sem pensar muito nisso, apenas seguimos, nada mais.

Delimitamos fronteiras nítidas na compreensão do que somos e fazemos, e ignoramos a necessidade dos outros em obtê-la para também eles procurarem a sua.   

 

 

miúda* às 17:15
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Penso muitas vezes que é mais fácil compreender os outros do que a mim mesma. Se calhar, porque é como dizes, muitas suposições. Bendita racionalidade que nos faz preencher os espaços em branco com as explicações que escolhemos...
Ventania a 29 de Abril de 2010 às 21:53

Entender-nos a nós mesmas é sempre missão impossivel, tudo acontece cá dentro não há como definir espaços concretos. Concordo contigo, a nossa capacidade de preencher essas lacunas torna-nos tão mais conscientes do que nos envolve...
miúda* a 29 de Abril de 2010 às 22:57