Há momentos em que daria um pedaço da minha memória a troco de um pedaço de pensamento dum alguém.
Ficam assim acções presas no ar do tempo e desprovidas de qualquer base coerente onde assentar.
Gestos dispersos em dois pólos opostos que nada mais têm em comum que o ar que sugam.
Sonhos que voam e se crêem ser algo mais quando o passado amarra o presente a uma falsa cegueira.
Sei o que quero e por onde o meu querer não passa.
Não ambiciono o que não posso ter e finco pé firme no que já possui e nunca foi meu.
Criancices e espontaneidades carentes que se rendem aos reflexos corporais de se ser humano.